Corpo de mulher ficou no freezer por 10 anos

Há dez meses, o aposentado Allan Dunn, de 86 anos, cometeu suicídio. Ele vivia sozinho em seu apartamento, em uma cidade da Califórnia, e tinha poucos amigos. Um desses poucos amigos era Ellen Miller, que ajudava o idoso a ir ao supermercado ou ao médico, e inclusive o acolheu em sua casa no tradicional jantar de Ação de Graças. Ellen foi à Justiça para dar ordem nos pertences de Dunn e, no último dia 16 de maio, foi apontada como representante oficial, responsável por administrar seus bens e pagar suas dívidas.
Ellen e a irmã, Carol Kingsbury, foram ao apartamento de Allan Dunn e, logo na entrada, perceberam que o cheiro estava horrível. A luz tinha sido cortada e elas imaginavam que restos de comida teriam se decomposto, ou até mesmo que ainda haveria ali algum vestígio do suicídio. Mas o que encontraram foi mais chocante. Em um freezer da varanda, Kingsbury encontrou um corpo. Segundo a polícia, tudo indica que seja o corpo da mulher de Dunn, Margaret.

Allan Dunn contava que a mulher estava em uma casa de repousos, e não dava mais detalhes. A polícia desconfia que Margaret morreu de causas naturais, e que Dunn escondeu seu corpo para continuar recebendo os benefícios de sua aposentadoria. Marilyn Gordon, que mora na vizinhança a 30 anos, lembra que Margaret não era vista há, pelo menos, 10 anos. “Ela era uma senhora amável, muito educada”, disse Marilyn ao TampaBay.com. Dunn, por outro lado, era visto como uma pessoa estranha, que nunca aparecia em reuniões de amigos.

As irmãs Ellen e Carol, amigas de Dunn em seus últimos anos de vida, nunca desconfiaram de nada. “Ele disse que não tinha família e que tinha vindo do Canadá”, disse Carol Kingsbury. “Não havia nenhuma maneira de saber que ele poderia fazer uma coisa dessas”, afirmou.

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